RPS - Respiração Prática e Simples - Coleção de Dicas PS

 

 

Respiração Prática e Simples

Exercícios saudáveis e fáceis de implementar nas rotinas diárias

Síntese dos métodos de Respiração Prática e Simples

Quanto às dicas das técnicas de respiração, mais especificamente, é fundamental compreender, em primeiro lugar, a especial particularidade da respiração, de se regular, tanto voluntária, como involuntariamente. Por isto que costumo dizer que a respiração é como uma rede de pontes entre o consciente e o inconsciente, entre o corpo e a mente, entre as emoções e o espírito, entre os diversos sistemas do corpo e muito mais.

De acordo com inúmeros estudos, a qualidade da nossa respiração tanto pode ser condicionada pelas competências fisiológicas do nosso aparelho respiratório, como pelo nosso estado anímico, vulgarmente denominado por estado de espírito.

Note-se que, os exercícios de Respiração Prática e Simples, servem simultaneamente para desenvolver as referidas competências, tomando consciência da relação e influência direta com o estado anímico. Tais exercícios, conferem um treino para potenciar as competências naturais do nosso corpo, através dos mecanismos naturais endógenos que suplantam diversas terapêuticas e intervenções exógenas, dependendo do caso, considerando os diversos motivos amplamente documentados, relacionados com a segurança, efeitos secundários ou contra indicações. Ou seja, Uma boa educação respiratória, promove uma saúde melhor, de uma forma bem natural, prática e simples.

É importante lembrar que as dicas KiPuncture têm o objetivo da autonomia para a implementação de hábitos saudáveis. Por isso se partilha desta e de outras formas (treino personalizado, palestras, workshops, site, etc.) para que se tornem “Práticas e Simples” de se introduzir nas rotinas diárias.

No que respeita às dicas de “respiração” personalizadas, mais especificamente, é fundamental perceber como o treino da respiração, influencia a qualidade da respiração inconsciente, com impacto imediato a nível fisiológico, emocional, mental, espiritual e da conexão.

 


Exemplos práticos

As técnicas de “Respiração Prática e Simples” (RPS), foram concebidas com base em diversos estudos milenares e mais modernos, ocidentais e orientais, convencionais e menos convencionais, assim como na experiência clínica e desportiva, na seleção e adaptação dos métodos com os melhores resultados.

    O melhor e exemplo da utilidade dos métodos de treino respiratório que confere o sentido Prático e a Simplicidade, é naquele momento em que nos apercebemos de qualquer sinal de ansiedade. Alguns exemplos desses momentos, são aqueles que induzem…

  • um adicto consumir impulsivamente algo que sabe ser-lhe prejudicial
  • uma criança ficar irrequieta
  • um adulto ficar mais irritado
  • qualquer sinal que por vezes outras pessoas percebem melhor do que nós
  • o acumular de uma ansiedade sem ninguém se aperceber.

            Nestes casos, muitos aconselham a respirar fundo. Num estado saudável e natural, isso até pode resultar com sucesso como um reflexo espontâneo. Contudo, em casos de ansiedade, stress, depressão, pânico ou trauma, mesmo com níveis pouco intensos, dicas muito conhecidas como “cheirar uma flor e soprar uma vela”, respirar fundo até passar, podem não ser insuficientes, como até gerar mais frustração e agravamento por isso. Os métodos RPS procuram trazer melhores e mais garantias de eficácia e autonomia, pelo entendimento da natureza humana. Ainda assim se recomenda um apoio profissional, sempre que possível ou necessário.

Aqui é partilhado apenas um método, mais fácil de se explicar o seu “passo-a-passo” por esta via. O Método “EXPAND”, pode evoluir para outros níveis e especificidades, geralmente personalizados, pelo que exigem um acompanhamento profissional, como até se recomenda alguma formação, ainda que em formato de workshop ou retiro.

Eis alguns dos exemplos mais comuns dos benefícios deste método (EXPAND), aqui descrito com mais detalhe:

Método EXPAND em 6 passos

 


 1 - Espontaneamente inspirar fundo

Inspirar fundo, conforme apetecer e seja mais confortável, espontaneamente e sem qualquer filtro, é o ponto de partida para um treino muito simples mas muito impactante. É importante desapegar de qualquer regra, conceito, técnica ou dica, para que seja o mais natural possível e respeitar precisamente a nossa natureza e permitir que ela faça o que de melhor tem para nos oferecer. Cada pessoa, em cada momento, tem necessidades diferentes. A nossa respiração espontânea dá-nos muitos sinais para entender o que realmente necessitamos, sem nos deixarmos enganar com o que desejamos.

 

2 - Xurdir na primeira expiração

Conforme na primeira inspiração, também na primeira expiração devemos procurar ser espontâneos. Este conceito de xurdir, ajuda a revelar o essencial da vida. Por isso, temos aqui uma excelente oportunidade de tomar consciência do que realmente necessitamos, se tomarmos atenção à vontade que sentimos de simplesmente deixar o ar sair sem esforço ou de expulsá-lo mais rapidamente. Este cuidado também significa um excelente suporte nos passos seguintes.

3 - Progressivamente um pouco + lenta e um pouco + profunda cada inspiração posterior

Na segunda e posteriores inspirações, até ao máximo de 5 (conforme o nível de intensidade que se pretende trabalhar*), deve-se fazê-la(s) pelo menos um pouco mais lenta e profundamente que na inspiração imediatamente anterior.

 

4 - Aliviar a pressão torácica

Assim que se sentir uma expansão superior à inspiração anterior, deve-se procurar aliviar a pressão torácica, libertando o ar sem qualquer esforço, com um simples relaxamento geral, procurando melhorar a postura, com foco na ereção da coluna e no alinhamento dos ombros com esta, de forma a permitir o espaço necessário no tórax, para o bom funcionamento de tudo o que ali está alojado. É importante lembrar que o coração, os pulmões e boa parte do sistema endócrino, têm funções essenciais que necessitam de espaço físico para o seu bom funcionamento.

5 - Normalizar a respiração autónoma

Observamos como passamos a respirar normalmente, a fim de perceber o impacto gerado pelo exercício, sem influenciar o processo. Focar outra coisa qualquer por instantes, idealmente sem demasiado estímulo físico ou emocional, pode ajudar a estimular essa autonomia. Simular ou mesmo experimentar soprar uma vela ou criar bolas de sabão, como na foto, pode facilitar a percecionar o nível de impacto do exercício. Procure o seu terapeuta para ajudar a normalizar a respiração autónoma e avaliar a qualidade do seu treino.

6 – Descontrair avaliando se é importante dinamizar outra sequência

Dinamizar outra sequência pode ser necessário ou não. Quanto mais e melhor conseguirmos descontrair, mais fácil será avaliar essa necessidade, assim como executar com mais sucesso. Diminuir o tempo e a amplitude do 1º ciclo respiratório, pode facilitar o processo e permitir mais ciclos se assim se considerar útil. Na maior parte dos casos, 2 ciclos costumam ser suficientes. Contudo, convém esperar no mínimo 2 minutos para se repetir a sequência.

Veja uma explanação mais sintetizada no site dedicado a este e outros temas.

Nervos de aço em 2 passos:

Respirar fundo espontaneamente

Respirar um pouco mais fundo e profundamente

O método “Nervos de Aço” evolui para “Energia Vital Empoderadora” em 10 passos, também com orientação personalizada e com apoio formativo. Fica aqui um pouco da descrição dos 2 primeiros passos, muito semelhantes ao método EXPAND, com outros detalhes que podem ajudar a uma experiência mais rica e fácil de implementar nas rotinas para a consistência:

1º passo -> Respirar fundo com atenção à respiração, mantendo uma postura o mais ereta e descontraída possível, de forma a permitir uma inspiração tão ampla quanto possível, com o mínimo de esforço possível e apenas o suficiente para satisfazer a sensação de necessidade mais espontânea de ar fresco. Ampla, ao ponto de sentirmos todos os lobos dos pulmões a serem fornecidos com ar renovado. Para tal, é crucial que o abdómen esteja o mais flexível possível, educando-o a permitir dilatar-se, com o movimento natural do diafragma. Este movimento, é documentado há muito tempo como respiração diafragmática. A expiração deve acontecer com a mera descontração, sem qualquer esforço, procurando manter uma postura digna e descontraída.

Bem treinada esta técnica, basta um único ciclo respiratório para aliviar muita ansiedade acumulada e prevenir mais acumulação. Por vezes, até pode compensar um pico de ansiedade de forma muito prática e eficiente. De qualquer das formas, não devem ser experimentados mais do que 5 ciclos respiratórios seguidos com esta técnica, sob risco de hiperventilação. Recomenda-se apenas 2 ou 3 ciclos numa fase inicial, sem insistir em caso de qualquer reação menos confortável. Não são conhecidos efeitos adversos, com estes cuidados, contudo, recomenda-se sempre uma boa vigilância em qualquer experiência muito nova ou fora das rotinas, ainda que o estímulo da adaptação a sair das rotinas represente geralmente um reforço para o sistema imunitário e energia vital em geral.

2º passo -> Neste passo, já se deve prestar mais atenção à própria respiração.

Logo após o primeiro ciclo de respiração, no segundo ciclo respiratório, repetem-se todos os procedimentos mas apenas um pouco mais profundamente e mais lentamente durante a inspiração. A inspiração deve ser descontraída, simplesmente libertando o ar ou retendo ligeiramente para reduzir um pouco o ritmo de alívio do ar.

Em todos os casos, idealmente, deve-se inspirar e expirar pelo nariz, de forma a manter as mucosas da boca e garganta com a humidade saudável. Contudo, nalguns casos, pode ser mais confortável respirar por outras vias, com funcionalidade bastante satisfatória nos mais variados aspetos da saúde e bem-estar.

Apenas se deve experimentar o nível seguinte, após dominado o nível anterior, o que implica, confirmar uma boa reação. Qualquer reação estranha deve ser bem entendida, pelo que se recomenda a leitura cuidada de todas as instruções. É recomendado mais ainda, a orientação dos técnicos KiPuncture. Foram desenvolvidos mais 8 níveis, cuja orientação, de momento só está disponível no formato presencial. Caso pretenda ver publicada mais informação a este respeito, deixe por favor, o seu comentário através das ligações infra indicadas.

Entretanto, ficam aqui alguns dos exemplos mais comuns dos benefícios dos métodos RPS, como o “EXPAND e o “Nervos de Aço em 2 passos”:

 

· Manutenção e recuperação do Sistema nervoso autónomo (especial estímulo do sistema nervoso parassimpático: entre outras funções, é o sistema responsável pela imunidade, relaxamento, digestão e homeostasia de todos os sistemas)

· Manutenção e recuperação do Sistema respiratório (melhora todas as funções do sistema respiratório, ativando as principais estruturas e competências)

· Qualidade do sistema vascular (facilita a regulação do PH do sangue, aliviando o trabalho renal nessa função capacitando, por sua vez, a disponibilidade energética geral)

· Qualidade do sono (Excelentes resultados ao incorporar no ritual do sono, por contribuir para a redução dos níveis de cortisol)

· Outros (Pode descobrir por si, ou com o apoio do seu terapeuta os vários benefícios que estes podem proporcionar)

 

 Resumo simplificado

De forma confortável e sem forçar nada, cada pessoa deve começar com uma simples inspiração profunda, conforme o hábito mais comum que conhece. Imediatamente a seguir, deve repetir, com apenas um apouco mais lenta e profundamente, sempre de forma confortável e sem provocar qualquer tipo de dor ou esforço desconhecido, a fim de garantir os melhores resultados em segurança. Apenas 2 ou 3 minutos de observação com uma respiração normal, pode repetir, caso confirmados os resultados adequados.

Se já conhece os benefícios de treinar a respiração, pode começar este método num nível mais avançado. Contudo, aqui fica uma dica em “passo-a-passo”, até para quem nunca experimentou, receia experimentar ou pretende testar com algum ceticismo. O método EXPAND pode ser experimentado com vários níveis de intensidade e evoluir para outros métodos*.

 

Método EXPAND:

 

1.    Espontaneamente, inspirar fundo conforme apetecer e seja mais confortável

2.    Xurdir na primeira expiração: Libertar o ar ou expulsá-lo, conforme a vontade que se sentir

3.    Progressivamente, inspirar mais lenta e profundamente, pelo menos mais 1 vez e até 5 vezes*

4.    Aliviar a pressão torácica, soltando o ar sem esforço e melhorando a postura

5.    Normalizar a respiração promovendo a respiração autónoma

6.    Descontrair para avaliar o progresso. Diminuir a profundidade e tempo da primeira inspiração (passo nº1), se necessário repetir o método EXPAND, para facilitar os passos seguintes.

 

 

 

 

Apesar dos fundamentos destas dicas serem amplamente comprovados cientificamente, sempre podemos inovar com mais soluções. Caso tenha interesse em participar num estudo controlado, para testar evidências do seu interesse, solicite por favor através do e-mail bsacupuntura@gmail.com, explanando o tipo de solução que gostaria de encontrar nesta coleção de dicas.

 

 

 

 

*A evolução do “método EXPAND” pode ser autónoma, apenas no que respeita ao número de ciclos respiratórios descritos no 3º e 4º passos. Contudo recomenda-se sempre uma orientação profissional, quando se procura executar mais do que 2 ciclos respiratórios, de forma a se garantir a personalização ou aprendizagem qualificada. Outros níveis do método EXPAND, contemplam outras técnicas que, devido à sua complexidade, tanto na execução como na avaliação das reações, prefiro partilhar pessoalmente ou por outra via que garanta melhor entendimento das advertências. De qualquer das formas, a correta execução destas dicas e respetivas reações, são da total responsabilidade do utilizador.

 

 

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